quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CONCURSO

ALUNOS DA PEDAGOGIA

A Prefeitura Municipal de Campo Grande-MS publicou no Diário Oficial  ( Suplemento) do dia 5 de outubro edital para Concurso Público para vários cargos.Aproveitem a oportunidade!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A APRENDIZAGEM COMO OBJETO DE ESTUDO


PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
A APRENDIZAGEM COMO OBJETO DE ESTUDO
                        Qualquer um de nós é capaz de responder sem pestanejar a perguntas do tipo: o que você aprendeu hoje na escola? E sabemos também justificar nossas habilidades, por exemplo, de escrever e ler, consertar alguma coisa ou dançar, dizendo que aprendemos. Usamos o termo aprender sem dificuldades, pois sabemos que se somos capazes de fazer algo que antes não fazíamos, é porque aprendemos.
                        No entanto, para a Psicologia o conceito de aprendizagem não é tão simples assim. Há diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que nos levam a apresentar um comportamento que anteriormente não apresentávamos, como o crescimento físico, descobertas, tentativas e erros, ensino etc. nós mesmos temos uma amiga que sabe uma poesia inteira em francês, porque copiou 10 vezes como castigo, há 20 anos atrás, e tem apenas uma vaga idéia do que está dizendo quando a declama podemos dizer que ela aprendeu a poesia? Essas diferentes situações e processos não podem ser englobados num só conceito.
                        E assim a psicologia transforma a aprendizagem em um processo a ser investigado.
                        São muitas as questões que têm sido respondidas pelos teóricos da aprendizagem: Qual o limite da aprendizagem? Qual a participação do aprendiz no processo? Qual a natureza da aprendizagem? Há ou não motivação subjacente ao processo? As respostas a essas questões têm originado controvérsias entre os estudiosos da aprendizagem.

TEORIA DA APRENDIZAGEM
                        Encontramos um número bastante grande de teorias da aprendizagem. Essas teorias poderiam ser genericamente reunidas em duas categorias: as teorias do condicionamento e as teorias cognitivistas.
                        No primeiro grupo, estão as teorias que definem a aprendizagem pelas suas conseqüências comportamentais e enfatizam as condições ambientais como forças propulsoras da aprendizagem.
                        Aprendizagem é a conexão entre o estímulo e a resposta. Completamente a aprendizagem, estímulo e resposta estão a tal modo unidos que o aparecimento do estímulo evoca a resposta.
                        No segundo grupo estão as teorias que definem a aprendizagem como um processo de relação do sujeito com o mundo externo e que tem conseqüências no plano da organização interna do conhecimento (organização cognitiva). A concepção de Ausubel, que se enquadra neste grupo, diz que a aprendizagem é um elemento que provém de uma comunicação como mundo e se acumula sob a forma de uma riqueza de conteúdos cognitivos. É o processo de organização de informações e integração do material pela estrutura cognitiva.
                        O indivíduo adquire assim um número crescente de novas ações como forma de inserção em seu meio.

CONTROVÉRSIAS BÁSICAS ENTRE ESTAS CONCEPÇÕES
            De maneira geral, poderíamos apontar três controvérsias. A primeira refere-se à questão do que é aprendido e como.
Para os teóricos do condicionamento aprendemos hábitos, isto é, aprendemos a associação entre um estímulo e uma resposta e aprendemos praticando; para os cognitivistas, aprendemos a relação entre idéias (conceitos) e aprendemos abstraindo de nossa experiência.
A segunda controvérsia refere-se à questão do que mantém o comportamento que foi aprendido.
Para os teóricos do condicionamento, o comportamento e mantido pelo seqüenciamento de respostas. Explicando melhor: uma resposta é, na realidade, um conjunto de respostas. Quando falamos no comportamento de abrir uma porta, é fácil perceber que ele é composto de diversas respostas intermediárias: pegar a chave na posição certa para que entre na fechadura, encaixá-la na fechadura, virar corretamente e abaixar então a maçaneta. São essas diversas respostas que, reforçadas (bem-sucedidas), preparam a etapa seguinte e mantêm a cadeia de respostas até que o objetivo do comportamento seja atingido.
Para os cognitivistas, o que mantém um comportamento são os processos cerebrais centrais, tais como a atenção e a memória, que são integradores dos comportamentos.
A terceira controvérsia refere-se à maneira como solucionamos uma nova situação-problema (transferência da aprendizagem).
Para os teóricos do condicionamento, evocamos hábitos passados apropriados para o novo problema e respondemos, quer de acordo com os elementos que o problema novo tem em comum com outros já aprendidos, quer de acordo com aspectos da nova situação, que são semelhantes à situação já encontrada. Por exemplo, quando a criança aprende a dar laço nos sapatos, saberá dar laço em presentes, no vestido ou na fita do cabelo.
Os cognitivistas acreditam que, mesmo no caso de haver toda a experiência possível com as diversas partes do problema, como saber todas as etapas para dar um laço, isso não garante que a solução do problema seja alcançada. Seremos capazes de solucionar um problema, se este for apresentado de uma forma, mas não de outra, mesmo que ambas as formas requeiram as mesmas experiências passadas para serem solucionadas. De acordo com os cognitivistas, o método de apresentação do problema permite uma estrutura perceptual que leva ao insight, isto é, à compreensão interna das relações essenciais do caso em questão. Por exemplo, quando montamos um quebra-cabeça e sacamos o lugar de uma peça sem termos feitos tentativos anteriormente.
A TEORIA COGNITIVISTA DA APRENDIZAGEM
Desenvolveremos alguns conceitos básicos dessa abordagem através da teoria de David Ausubel.
COGNIÇÃO
Inicialmente, vale a pena esclarecer o conceito de cognição. Cognição é o
processo através do qual o mundo de significados tem origem. À medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra. Esses significados não são entidades estáticas, mas pontos de partida para a atribuição de outros significados. Tem origem, então, a estrutura cognitiva (os primeiros significados), constituindo-se nos 'pontos básicos de ancoragem' dos quais derivam outros significados. (MOREIRA; MASINI, 1993, p. 2).
Por exemplo, quando precisamos ensinar à criança a noção de sociedade, podemos levá-la a dar uma volta no quarteirão e observar com ela tudo o que lá existe. A criança atribuirá significados aos elementos dessa experiência e poderá, posteriormente, compreender a sociedade.
O cognitivismo está, pois, preocupado com o processo de compreensão, transformação, armazenamento e utilização das informações, no plano da cognição.
APRENDIZAGEM
O processo de organização das informações e de integração do material à estrutura cognitiva é o que os cognitivistas denominam aprendizagem.
A abordagem cognitivista diferencia a aprendizagem mecânica da aprendizagem significativa.
a. Aprendizagem mecânica - refere-se à aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva. Você se lembra da nossa amiga que decorou a poesia em francês? É um exemplo deste tipo de aprendizagem, pois o conteúdo não se relacionava com nada que ela já possuísse em sua estrutura cognitiva (por isso ela não entendia o que dizia, apenas sabia a poesia de cor). O conhecimento assim adquirido fica arbitrariamente distribuído na estrutura cognitiva, sem se ligar a conceitos específicos.
b. Aprendizagem significativa - processa-se quando um novo conteúdo (idéias ou informações) relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim assimilado por ela. Estes conceitos disponíveis são os pontos de ancoragem para a aprendizagem. Por exemplo, nós estamos aqui apresentando a você um novo conceito - o de aprendizagem significativa. Para que este conceito seja assimilado por sua estrutura cognitiva, é necessário que a noção de aprendizagem apresentada pelos cognitivistas já esteja lá, como ponto de ancoragem. E esta nova noção de aprendizagem significativa, sendo assimilada, servirá de ponto de ancoragem para o conteúdo que se seguirá.

OS PONTOS DE ANCORAGEM
Os pontos de ancoragem são formados com a incorporação, à estrutura cognitiva, de elementos (informações ou idéias) relevantes para a aquisição de novos conhecimentos e com a organização destes, de forma a, progressivamente, generalizarem-se, formando conceitos. Por exemplo, crianças pequenas podem, inicialmente, ter contato com sementinhas, que, plantadas num canteiro, surgem como folhinhas; ter contato com animais, que geram novos animais; e ainda ter contato com as pedras e a areia da rua. Estes contatos podem ser explorados até que as crianças tenham condições cognitivas de perceber as diferenças entre os seres e, assim, adquirir as noções de seres vivos -vegetais e animais - e seres inanimados. A partir da aquisição destas noções básicas, as crianças estarão aptas a aprender outros conteúdos e a diferenciar e categorizar os diferentes seres. Podemos, então, dizer que as noções de seres vivos e não-vivos são pontos de ancoragem para outros conhecimentos.
O exemplo acima poderá dar a impressão de que falamos de pontos de ancoragem apenas na aprendizagem realizada por crianças. Não, falamos de aprendizagem significativa e de pontos de ancoragem sempre que algum conteúdo novo deva ser aprendido. Assim, na disciplina de Física, com certeza seu professor trabalha inicialmente a noção de energia e/ou eletricidade, para desenvolver s outros conteúdos que supõem compreensão desses conceitos.
E, indo um pouco mais além, podemos dizer que não estamos falando apenas da aprendizagem que se dá na escola. Pense em alguém que nunca tenha visto, nem ouvido falar do jogo de futebol, isto é, não tenha pontos de ancoragem para as informações que lhe chegam através da televisão na transmissão de uma partida. Com certeza, não entenderá nada ou, aos poucos, com base em informações que possua de outros jogos, começará a organizar as informações recebidas, vindo mesmo a entender o que se passa.
UMA TEORIA DE ENSINO: BRUNER
A partir de concepções, como esta de Ausubel, sobre o processo de aprendizagem, alguns pesquisadores desenvolveram teorias sobre o ensino, procurando discutir e sistematizar o processo de organização das condições para a aprendizagem.
Entre esses teóricos, ressaltaremos a contribuição de Jerome Bruner.
Bruner concebeu o processo de aprendizagem como "captar as relações entre os fatos", adquirindo novas informações, transformando-as e transferindo-as para novas situações. Partindo daí, ele formulou uma teoria de ensino. O ensino, para Bruner, envolve a organização da matéria de maneira eficiente e significativa para o aprendiz. Assim, o professor deve preocupar-se não só com a extensão da matéria, mas, principalmente, com sua estrutura.
A ESTRUTURA DA MATÉRIA
A aprendizagem, que deve ser sempre capaz de nos levar adiante, está na dependência de como se domina a estrutura da matéria estudada, isto é, a natureza geral do fenômeno; as idéias mais gerais, elementares e essenciais da matéria. Para se garantir este "ir adiante", é necessário ainda o desenvolvimento de uma atitude de investigação.
Para se dar conta do primeiro aspecto (estrutura da matéria), Bruner propõe que os especialistas nas disciplinas auxiliem a estruturar o conteúdo de ensino a partir dos conceitos mais gerais e essenciais da matéria e, a partir daí, desenvolvam-no como uma espiral - sempre dos conceitos mais gerais para os particulares, aumentando gradativamente a complexidade das informações. Por exemplo, em Física é necessário começarmos pela noção de energia, em Psicologia pela noção da vida psíquica e em História pelas noções de Homem, Natureza e Cultura.
Quanto à atitude de investigação, Bruner sugere que se utilize o método da descoberta como método básico do trabalho educacional. O aprendiz tem plenas condições de percorrer o caminho da descoberta científica, investigando, fazendo perguntas, experimentando e descobrindo.
O ensino, para Bruner, deve estar voltado para a compreensão. Compreensão das relações entre os fatos e entre as idéias, única forma de se garantir a transferência do conteúdo aprendido para novas situações. Este princípio geral norteia a proposta de Bruner até no que diz respeito ao trabalho com o erro do aprendiz. O erro deve ser instrutivo, diz Bruner. O professor deverá reconstituir com o aprendiz o caminho de seu raciocínio, para encontrar o momento do erro e, a partir daí, reconduzi-lo ao raciocínio correto.
Bruner ainda postula que “qualquer assunto pode ser ensinado com eficiência, de alguma forma intelectualmente honesta, a qualquer criança, em qualquer estágio de desenvolvimento"[1]. Para que isto seja possível, é necessário que o professor apresente a matéria à criança em termos da visualização que ela tem das coisas. Isto é, a criança poderá aprender qualquer coisa, se a linguagem do professor lhe for acessível e se seus conhecimentos anteriores lhe possibilitarem a compreensão do novo conteúdo. O trabalho do professor é um verdadeiro trabalho de tradução: da linguagem da ciência para a linguagem da criança. Para isto, Bruner propõe que o professor se utilize da teoria de Piaget, onde as possibilidades e limites da criança em cada fase do desenvolvimento estão claramente definidos.
Bruner e Piaget podem auxiliar muito o professor na organização do seu ensino, mas será sempre necessário que o professor conheça a realidade de vida de seu aluno - sua classe social, suas experiências de vida, suas dificuldades, a realidade de sua família etc. - para que o programa possa ter algum significado e importância para ele; isto é, não basta conhecer teoricamente o educando, é preciso conhecê-lo concretamente.
MOTIVAÇÃO
A motivação continua sendo um complexo tema para a Psicologia e, particularmente, para as teorias de aprendizagem e ensino. Atribuímos à motivação tanto a facilidade quanto à dificuldade para aprender. Atribuímos às condições motivadoras o sucesso ou o fracasso dos professores ao tentar ensinar algo a seus alunos. E, apesar de dificilmente detectarmos o motivo que subjaz a algum tipo de comportamento, sabemos que sempre há algum.
O estudo da motivação considera três tipos de variáveis:
1. o ambiente;
2. as forças internas ao indivíduo, como necessidade, desejo, vontade, interesse, impulso, instinto;
3. o objeto que atrai o indivíduo por ser fonte de satisfação da força interna que o mobiliza.
A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. Na motivação está também incluído o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade.
A gíria possui um termo bastante apropriado para a significação de motivação: "estar a fim". Quando dizemos "estamos a fim de", estamos expressando nossa motivação. E vejamos num exemplo: "Estou a fim de ler este livro todo" (esperamos que não seja um exemplo absurdo!) - o livro aparece como o elemento do ambiente que satisfará minha necessidade ou desejo de conhecer um pouco de Psicologia. O próprio ambiente, de alguma forma, gerou em mim este interesse, ou porque li outros livros que falavam do assunto, ou porque meu colega citou a Psicologia como uma ciência interessante, ou porque vi uma psicóloga em um filme e me interessei. Ambiente - organismo - interesse ou necessidade - objeto de satisfação. Está montada a cadeia da motivação.
Retomando, podemos dizer que a motivação é um processo que relaciona necessidade, ambiente e objeto, e que predispõe o organismo para a ação em busca da satisfação da necessidade. E, quando esse objeto não é encontrado, falamos em frustração.
MOTIVAÇÃO E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
A motivação está presente como processo em todas as esferas de nossa vida - no trabalho, no lazer, na escola.
A preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno "fique a fim" de aprender. Sem dúvida, não é fácil, pois acabamos de dizer que precisa haver uma necessidade ou desejo, e o objeto precisa surgir como solução para a necessidade. Duplo desafio: criar a necessidade e apresentar um objeto adequado para sua satisfação.
Resolver este problema é, sem dúvida, a tarefa mais difícil que o professor enfrenta. Consideraremos abaixo alguns pontos:
a. uma possibilidade é que o trabalho educacional parta sempre das necessidades que o aluno traz, introduzindo ou associando a elas outros conteúdos ou motivos,
b. outra possibilidade, não excludente, é criar outros interesses no aluno.
E como podemos pensar em criar interesses?
1. Propiciando a descoberta. Bruner é defensor desta proposta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir.
2. Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo à observação da realidade próxima ao aluno - sua vida cotidiana -, os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações sistematizadas vão gerar dúvidas (por que as coisas são como são?) e aí é preciso investigar, descobrir.
3. Falar ao aluno sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão.
4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceis, que geram fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. O aluno não "fica a fim".
5. Compreender a utilidade do que se está aprendendo é também fundamental. Não é difícil para o professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos sempre "a fim" de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BOCK, A.M, FURTADO O, TEIXEIRA L.T. Psicologias. Uma introdução ao estudo de psicologia. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 1991.


[1] J.S Bruner. O processo da educação. P.31

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Manifesto dos Pioneiros da Educação de 1932

A reconstrução educacional no Brasil – ao povo e ao governo:

*Os pioneiros da educação nova afirmavam que: o sistema de organização educacional do país era fragmentário e desarticulado: faltava espírito filosófico e científico; faltava unidade e continuidade no plano de reformas no sistema escolar;
*Acreditavam que os fins da educação são filosóficos, e os seus meios são científicos;
*A educação deve se basear em conceitos científicos e filosóficos em gerais.

Movimento de renovação educacional

*O sistema educacional da América Espanhola é mais avançado em relação ao Brasil. Por que a educação não acompanha a modernização que ocorre na sociedade?
*A ciência e a filosofia devem estar na base das preocupações;
*Tem que ser necessário novas diretrizes como: gosto pelo debate, consciência da necessidade de aperfeiçoamento constante etc;
*Uma reforma social, também deve estar aliada ao processo de mudança da educação. Sozinha a escola não consegue transformar o social, necessita-se de uma ação sobre o indivíduo em todas as instâncias.

Finalidades da Educação

Educação = Filosofia de Vida = Estrutura Social
*A Educação Nova, é uma nova proposta de modelo de educação. Ela difere do modelo conservador, considerado sistemático na velha estrutura;
*A Educação passa a assumir e se preocupar mais com as questões sociais dos indivíduos e não aos interesses de classes.

Valores Mutáveis e Valores Permanentes

*Trabalho, um valor permanente, sobre o qual assenta-se a educação;
*Solidariedade, cooperação, consciência social e espírito de justiça são valores que devem sempre permanecer na educação;
*A educação integral deve incentivar os valores humanos.

O Estado em face da educação

*A educação deve ser garantida pelo Estado: todo indivíduo tem direito a Educação pública, gratuita e de qualidade;
*A escola pública deve ser igual para todos, em todas as regiões, sendo assim, única;
*As escolas públicas devem ser laicas, gratuitas, obrigatórias e não devem distinguir alunos por suas classes sociais.

O Processo Educativo

*A partir do conceito de educação, a escola deve oferecer à criança um meio vivo e natural favorável ao intercâmbio de reações e experiências para que seja levada à ação;
*A escola deve oferecer atividades que incentivem os alunos assim, estimulando-o, fazendo-lhe se interessar pela escola. Ela deve se organizar com a região e comunidade para que a criança entre em contato com a vida ativa.

Plano de reconstrução educacional

*Para reconstrução da educação deve-se integrar a escola com o seu meio social. Deve-se inseri-la às necessidades regionais e fazer com que o aluno sinta-se responsável pela escola e sociedade. Ao sentir-se integrado ao meio em que vive, o indivíduo passa a cooperar;
*As diferentes fases do sistema educacional devem ser garantidas (Ensino Primário, Fundamental, Médio e Superior) pelo Estado, de forma que formem sobretudo cidadão;
*A preparação dos professores muitas vezes é descuidada. Deve-se investir mais na formação acadêmica desses indivíduos, para uma reconstrução educacional.

 O papel da escola na vida e sua função social

*A educação não se dá só na escola, porém deve se organizar como um organismo vivo e deve se aliar a outras instituições educativas da sociedade. Deve-se Aparelhar a escola com todos os recursos produzidos pela ciência: imprensas, filmes, músicas...
*A educação deve ser universal e deve estar aliada ao conceito de democracia;


Esse manifesto foi assinado por 26 intelectuais brasileiros( 23 homens e 3 mulheres).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

PSICOLOGIA GERAL E DO DESENVOLVIMENTO
A EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA MODERNA
Embora seja uma ciência jovem, a psicologia teve seus primórdios interligados à própria história da humanidade
Foram os gregos, há mais de dois mil anos, num período anterior à época cristã, que buscaram as primeiras explicações sobre o ser humano
É entre os filósofos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia
Termo psicologia vem do grego
Psyché alma
Logos razão
Epistemologicamente, psicologia significa "estudo da alma"
A alma ou espírito era concebida como parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção
 
Filósofos pré-socráticos: definição da relação do homem com o mundo através da percepção, discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se o homem vê o mundo que já existe
Havia uma oposição entre os idealistas ( a idéia forma o mundo) e os materialistas ( a matéria que forma o mundo já é dada pela percepção)
É com Sócrates que a Psicologia na Antiguidade ganha consistência, principal preocupação era com o limite que separa o homem dos animais, postulava que a principal característica humana era a razão
A razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade
As teorias da consciência são, de certa forma, frutos dessa primeira sistematização da filosofia
 
Platão discípulo de Sócrates, procurou definir um "lugar" para a razão no nosso próprio corpo, definiu este lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem. A medula seria, portanto, o elemento de ligação da alma com o corpo, este elemento de ligação era necessário porque Platão concebia a alma separada do corpo, quando alguém morria, a matéria desapareceria, mas a alma ficaria livre para ocupar outro corpo
 
Aristóteles, discípulo de Platão foi um dos mais importantes pensadores da história da filosofia, sua contribuição foi inovadora ao postular que a alma e corpo não podem ser dissociados.
Para Aristóteles, a psyché seria o principio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou alma.Desta forma, os vegetais, os animais e o homem teriam alma.
Esse filósofo chegou a estudar as diferenças entre a razão, a percepção e as sensações. Esse estudo está sistematizado no Da Anima, que pode ser considerado o primeiro tratado em Psicologia
2300 anos antes do advento da Psicologia científica, os gregos já haviam formulado duas "teorias": a platônica, que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do corpo, e a aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de pertencimento ao corpo
Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre a alma e o corpo. Para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. E sendo a alma também a sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com sua compreensão.
São Tomas de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre a essência e existência.
Ao contrário de Aristóteles que considerava o homem, na sua essência, buscava a perfeição através de sua existência, São Tomas de Aquino,introduzindo o ponto de vista religioso afirma que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Portanto a busca da perfeição pelo homem seria a busca de Deus
No período do Renascimento ou Renascença, René Descartes, um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência, postula a separação entre mente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o homem possui uma substância pensante, e que, o corpo, desprovido do espírito , é apenas uma máquina. Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo, o que era impensável nos séculos anteriores ( o corpo era considerado sagrado da igreja por ser a sede da alma), e dessa forma possibilita o avanço da Avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir muito para o progresso da própria Psicologia
Em meados do séc. 19 que os problemas e temas da Psicologia, até então estudados exclusivamente pelos filósofos, passam a ser, também, investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços que atingiram também nessa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento , as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema.
 
A Alemanha é o berço da psicologia moderna no final do sec. 19
Seu status de ciência é obtido à medida que se "liberta" da Filosofia, que marcou sua história até aqui.
Novos padrões de conhecimento passam a ;
- definir seu objetivo de estudo ( o comportamento, a vida psíquica, a consciência)
- delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e Fisiologia
- formular métodos de estudo desse objeto
- formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimento da área
Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, deve-se buscar a neutralidade do conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação e o conhecimento deve ser cumulativo a servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisa na área
Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra rápido crescimento
É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram origem às inumeras teorias que existem atualmente
ABRODAGENS EM PSICOLOGIA
Após o nascimento da psicologia Científica, três abordagens se constituíram. Para Bock, elas sse chamam: estruturalismo, funcionalismo e associacionismo
ESTRUTURALISMO
Denominado estruturalismo a partir do trabalho de Wundt, buscava conhecer a estrutura da mente, para compreender os fenômenos mentais, pela decomposição dos estados de consciência, produzidos pela estimulação ambiental.
Para isso utilizou-se o método da instrospecção, isto é, olhar para dentro
FUNCIONALISMO
É considerado como primeira sistematização americana de conhecimentos em psicologia
Os funcionalistas interessavam mais nas funções da mente do que na sua estrutura.
Baseados nas concepções darwinianas, evolução das espécies com a finalidade de adaptação ao ambiente, os funcionalistas estabeleceram a interação contínua entre o organismo e o seu ambiente como objetivo da psicologia
Funções mentais como: perceber, recordar etc. tem o propósito de ajustar o indivíduo ao meio
A partir do funcionalismo, os problemas práticos e relevantes do ensino das crianças, a medida das diferenças individuais, o efeito do ambiente nas condições de trabalho, etc. ganharam espaço para serem estudados
ASSOCIONISMO
Edward Thorndike foi que formulou a primeira teoria de aprendizagem na Psicologia e teve como preocupação a utilidade deste conhecimento
Para Bock, "...o termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo e associação de ideias para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo" Thorndike também formulou a Lei do Efeito que contribuiu para a Psicologia Comportamentalista
ABORDAGENS ATUAIS DA PSICOLOGIA
BEHAVIORISMO, GESTALT E PSICANÁLISE
Cada uma dessas abordagens sustenta uma teoria e uma técnica que subsidia a prática do psicólogo
BEHAVIORISMO
Criado por John B. Watson, inspirado pelo grande desenvolvimento das ciências naturais, propôs um novo objeto de estudo: o comportamento estritamente observável.
Descartou de seus estudos os fenômenos mentais, as sensações, as imagens ou ideias, as funções mentais e a instropecção como método
Alegava que a fonte de dados sobre o homem era seu comportamento: o que as pessoas faziam e o que diziam. Defendia que apenas o comportamento era objetivo, podendo ser o melhor critério para conclusões realmente científicas
Valorizou os experimentos com animais
Pavlov, russo, desenvolveu um trabalho sobre reflexo condicionado,este estudo foi acolhido pelo behaviorismo,pois possibilitava explicar o comportamento.
Watson utilizou o condicionamento como base para a explicação da aprendizagem, pois mesmo a mais complexa poderia ser atingida através de encadeamento, combinações e generalizações de condicionamentos simples. Atribuiu papel fundamental ao ambiente na formação da personalidade, descredenciando a influência da hereditariedade
GESTALT
Desenvolveu-se na Alemanha
Gestalt " o todo, a estrutura, a forma, a organização. O lema dessa abordagem veio a ser........o todo é mais que a soma das partes"
Os psicólogos da gestalt acreditavam que:
[...] as experiências trazem consigo uma característica de totalidade ou de estrutura. Os estudos dessa abordagem demonstraram que as partes têm que ser vistas em termos de seu lugar, papel e função no todo do qual são partes. O movimento aparente não podia ser compreendido pela simples análise de seus componentes. Esta abordagem surgiu como um protesto contra o estruturalismo, contra a prática de se reduzir experiências complexas a elementos simples
Leitura página 12
PSICANÁLISE
Surgiu através do médico Sigmund Freud, foi no atendimento de pacientes e nos questionamentos que Freud se fazia sobre o que acontecia a estes pacientes que ele desenvolveu uma técnica e, posteriormente uma teoria
Esta abordagem influenciou os rumos da Psicologia e da cultura
Psicanálise tornou tão popular que para o público em geral a Psicologia é identificada com a Psicanálise
Diferente de outras abordagens, a psicanálise não nasceu nos meios acadêmicos, pelo contrário, em suas origens foi duramente criticada pelos representantes da ciência
Objetivo da psicanálise é ajudar as pessoas em sofrimento psíquico
Freud descontente com os métodos empregados, utilizou o método do hipnotismo com seus pacientes, partindo do princípio de que o sofrimento provinha de traumas sexuais, que teriam ocorrido na infância, por sedução de homens mais velhos, mais precisamente os próprios pais
Suas pesquisas demonstraram que o desenvolvimento psíquico e o desenvolvimento sexual possuem uma interligação intima
Freud se deu conta que era um mau hipnotizador, por isso passou a utilizar a livre associação das ideias

sexta-feira, 29 de abril de 2011


INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
É preciso entender que informática é um mecanismo de apoio na escola que é a principal via de ação para todas as atividades exercidas pela sociedade
Informática na escola não se resume em apenas conectar-se na internet, usar um editor de texto ou fazer planilhas
A informática na escola pode ser dividida em duas grandes áreas:
Informática técnica: que vai mostrar os mecanismos utilizados para operações, analisar diversos sistemas de apoio ou equipamentos que possam então levar o indivíduo à utilização
Informática pedagógica: vai estar presente em sala de aula, mediada pelo professor para complementar as atividades desenvolvidas em sala de aula, utilizando o computador e softwares específicos das disciplinas, propondo para o aluno um modelo diferente de aprendizado
INFORMÁTICA EDUCATIVA
A relação cada vez mais íntima, entre informática e educação vem mostrar que a difusão, em larga escala, de computadores em setores estratégicos da sociedade impõe uma real mudança na formação de novas competências técnico-práticas e emancipatórias para a comunidade escolar
A informática possui uma indubitável (não resta dúvida) contribuição na construção de uma nova sociedade
 
Educar para as mídias implica percebê-las além das práticas meramente instrumentais de manipulação das mesmas, caracterizando o tecnicismo redutor e acrítico]
Praticar uma educação para as mídias só é possível se houver uma qualificação na formação de professores, uma mudança efetiva no sentido de superar o caráter redutor(na utilização) da tecnologia educacional, sem perder suas contribuições
Quanto à utilização da informática na educação, encontramos diversas abordagens que a permeiam, desde sua perspectiva instrutiva, interconectiva, virtual e a psicopedagógica
Leitura da nota página 183
INFORMÁTICA INSTRUTIVA/COGNITIVA
Ensinar a criança a pensar
Linguagem de programação LOGO – desenvolvida década de 60-
A criança passaria a usar o computador para trabalhar e pensar
Ênfase dada por Papter sobre os estudos da linguagem Logo se encerra na visão de que o computador, enquanto ferramenta de programação, possibilita o desenvolvimento cognitivo da criança
INFORMÁTICA INTERCONECTIVA
Acesso à informação
Escola preparar o indivíduo para viver na atual sociedade informatizada e conectada
Papel criativo no uso das ferramentas
Comunicar-se com diversas pessoas conectadas na rede, desenvolver pesquisas através de consulta aos textos e hipertextos na internet, disponibilizar uma página pessoal criando uma identidade dentro da rede, estes são alguns dos projetos que se desenvolvem nas escolas
A internet vem ocupando um lugar na educação caracterizado como uma estratégia democrática de expressão para os alunos quando orientado pelos professores e pelas professoras
Manipular as tecnologias e as informações passam a ser uma competência que associa a habilidade técnica à crítica e à reflexão
Dicas página 185, fazer leitura
INFORMÁTICA VIRTUAL
Não se pode afirmar que os avanços tecnológicos sejam acompanhados no mesmo ritmo pela educação
Leitura nota página 186.
INFORMÁTICA PSICOPEDAGÓGICA
Pesquisas revelam que alunos que passaram pelo ambiente de aprendizagem enriquecido pelo computador não sofreram reprovação
É explorada pela psicopedagogia a utilização da informática para pessoas portadoras de necessidades especiais
Pesquisas que observam a produção de formas de interatividade e sociabilidade, centrando –se no plano psicoafetivo e social na utilização do computador.
METODOLOGIA WEBQUEST (PESQUISA NA INTERNET)
A Webquest é uma metodologia de pesquisa orientada, em que quase ou todos os recursos utilizados são provenientes da Web
A utilização de software no âmbito educacional é desejável, auxiliando o professor em relação à qualidade e ao tempo de aprendizagem do aluno, pois ajuda a tornar o ambiente favorável ao processo de ensino-aprendizagem
O software deve ser uma ferramenta que complemente, aperfeiçoe e se possível melhore a qualidade de ensino não devendo transformar em uma maneira simplesmente de informatizar o ambiente educacional
Para que a metodologia funcione, o professor precisa pesquisar na internet o assunto a ser ensinado antes de passar o trabalho de pesquisa aos alunos
É necessário aprender técnicas de pesquisas eficazes na internet e garimpar aquilo que precisa, podendo elaborar uma situação, um problema a ser resolvido, que instigará os alunos na busca da informação
As seções- leitura páginas 189,190
A EDUCAÇÃO E ATECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A escola não poderá se mostrar indiferente em relação às alterações tecnológicas e novidades em hardware e software
A maioria das escolas se rotula construtivista ou cognitivista, no entanto acabam usando a tradicional
Professores apresentam resistência em utilizar o computador e as novas tecnologias em sala de aula
Professores com falta de interesse e comodismo de outros professores, pois atividades com maior interação dos alunos exigirão maior preparação dos conteúdos a serem ministrados
Professores com medo da mudança, medo do novo, medo que seja apenas modismo e que caia no esquecimento
Esses três fatores aliados impedem o avanço da informática na escola
É preciso rever os valores e concepções atuais, estando aptos e preparados perante a responsabilidade de educadores
Leitura dos principais pontos do livro "O Paradigma Educacional Emergente" página 193
O professor deveria tornar-se o facilitador do aprendizado, conduzindo os alunos de forma individualizada, à busca própria do conhecimento
Dentro deste novo paradigma escolar, a ênfase passaria a ser na intercomplementeridade das disciplinas
Quadro negro substituído pela tela do computador, giz pelo mouse.
O mundo real se transformaria na realidade virtual das telas dos computadores
A escola deixaria de ser um ambiente chato, obsoleto, ultrapasado e assemelhar-se-ia mais ao mundo que a criança realmente vivencia fora da escola, cercada de estímulos virtuais.